quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A Penúltima Declaração de Amor


[Eis o que ela versava enquanto ele ensejava ao espelho]

Logo eu que assinei esse amor por toda a minha vida.
E mesmo que eu desejasse, não conseguiria tirar-te de mim
Porque cada manhã, cada céu azul faz-me lembrar da tua alma.
Um soprar leve na minha nuca, com gosto da tua boca.

Ausência que faz voltar à memória cada conto nosso.
De satisfações, sabor picante e dedicação.
De casas de vidro, com as janelas abertas e vista para utopia.
De uma paixão eterna, sem fantasias.

E mesmo se enlouquecesse, e conseguisse tirar-te de mim
Eu não viveria.
Demitindo uma vida inteira de felicidade.
Pele vazia de amor, versos, músicas e verdade.

Se por acaso eu tivesse que tirar-te de mim...
Não sobraria mais em mim versos.
Vontade de escrever.
E minha pele, ainda sua, não cantaria sem você.



[E o que ele musicou, enquanto ela espelhava o tom]

Pois eu assino aqui : ___________________

Sou egoísta e prometo não retirar-te de mim
Pois a canção que tocas em minha pele
Nem existe partitura
És minha. E se quiser sempre será tua.

Mas bato o pé firme no chão.
Daqui você não sai.

A menos que assuma essa sua vontade
Mesmo assim, te conduzirei até a porta
E te tatuarei na pele em forma de pauta

Depois disso, se eu ainda te esquecer,
Quero me esquecer junto.
Porque desejo ficar esquecido junto de ti.
E se o desejo não mirasse o tempo
Casava-te agora, com meu óbvio sentimento.



de Juliana Porto e Renan Moreira

2 comentários:

Núbia disse...

Que delícia ler vcs...
Em breve minha página no orkut não vai comportar mais tantas lindas poesias...logo terei que publicar nas minhas camisetas....*rs*
Lindo!!!

Juliana Porto disse...

Essa Núbia!
huahuahuahuahaua...

Daqui eu não saio.